ILUMINAÇÃO NÃO ANULA A INSPIRAÇÃO!
Por
Daniel Santos
"E
eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de
vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos
ensoberbecendo a favor de um contra outro." 1 Coríntios 4:6
Acredito que
se o apóstolo Paulo não tivesse colocado ordem na casa, não tínhamos como nos
orientar biblicamente. "Corinto" (espiritualidade vazia) continua
mais forte do que antes. O abandono das escrituras continua sendo a regra de fé
e prática do evangelicalismo. Infelizmente o emocionalismo barato tomou conta
dos cultos; muitas lágrimas, músicas, exibições institucionais e pouca
transformação de vida.
O
analfabetismo bíblico que move a grande massa tem contribuído para que a proliferação
de ministros aventureiros aumente, isto é, o governo místico (além do que está
escrito) é um excelente negócio para os donos de religião. Geralmente o pavor à doutrinação é
facilmente confundido com o temor do Espírito descrito nas escrituras.
O pouco que
podemos perceber nas pregações dos nossos dias é uma certa infantilidade quanto
a entrega do conteúdo bíblico. Se voltarmos um pouco no tempo, constatamos na
história da igreja algumas mudanças no método interpretativo da bíblia. Vejamos;
NOVO TESTAMENTO
Bíblia interpreta a própria
Bíblia
PAIS DA IGREJA
1° Grupo: Literal - 2° Grupo: Literal e Alegórico e o
3°Grupo: Alegórico.
MEDIEVAL
Histórico, Alegórico-cristológico, Tropológico e
Anagógico.
REFORMA
Jesus, a chave hermenêutica; visão histórico contextual e uma aplicação aberta para as
outras ciências.
PÓS RENASCENÇA (ATUAL)
Interpretação
baseada no;
Fundamentalismo, Triunfalismo, Doutrinismo,
Pluralismo, Individualismo, (exclusivista) Espiritualismo, Misticismo,
Moralismo e a salada continua…
Está claro o
quanto a reforma foi útil, mas ao mesmo tempo esquecida pela maioria dos
"preletores".
É natural
que se a temida teologia bíblica voltar aos púlpitos, as grandes instituições
terão muito trabalho para convencer os seus adeptos dos malabarismos textuais
ensinados. Podia-se perguntar: O que prende os ouvintes?
O mundo
místico seduz o homem desde a sua criação. Assim como ignorância adâmica fez o
homem desejar o sobrenatural (ser igual a Deus), o analfabetismo bíblico tem
gerado uma geração fideísta
(Kierkegaard). Mas Deus opera mesmo assim?
Sim ("Mas Deus, não tendo em conta os tempos da
ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se
arrependam;" Atos 17:30). Um recurso que tem "abençoado" muito os sistemas religiosos é o "pragmatismo Gospel", isto é, quando a letra inspirada é desprezada, ficamos a vontade para definir o que de fato é a "vontade de Deus". Sempre inquestionáveis.
Um dos pilares da hermenêutica é a exegese (extrair o que está no texto). O texto tem apenas um sentido (do autor); já a aplicação (iluminação do Espírito) é segundo o contexto do leitor e seus ouvintes. A aplicação nunca estará fora dos parâmetros cristológicos. Todos os pregadores neotestamentários pregaram o velho testamento a partir de Cristo, segundo o seu contexto histórico.
Um dos pilares da hermenêutica é a exegese (extrair o que está no texto). O texto tem apenas um sentido (do autor); já a aplicação (iluminação do Espírito) é segundo o contexto do leitor e seus ouvintes. A aplicação nunca estará fora dos parâmetros cristológicos. Todos os pregadores neotestamentários pregaram o velho testamento a partir de Cristo, segundo o seu contexto histórico.
O assunto é
amplo, e o nosso tempo é exíguo; mas acredito que a igreja do Senhor tem se
preservado na doce e pura palavra de Deus.
Que você
possa a partir desse dia valorizar a palavra de Deus, fazendo dela o manual da
sua alma.
Que Deus nos
abençoe!
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