INTERPRETANDO...
Por Daniel Santos
Observe o
texto abaixo, o qual será comentado em seguida:
"Na
história da igreja as metodologias foram desenvolvidas em perspectivas
diferentes. Desde os períodos bíblicos podemos contar um método de
interpretação político-sociológico praticado pelos profetas e pela monarquia.
Essa sempre foi a principal perspectiva de interpretação da ação de Deus no
contexto bíblico. As tradições judaica e cristã inauguraram outros métodos. O
judaísmo rabínico possuía duas linhas, uma simbólica (alegórica), muito
desenvolvida na escola de Alexandria, e a escola da Palestina, conhecida também
como escola de Antioquia, que procurava uma interpretação mais histórica e
literal. Ambas distanciavam-se do programa bíblico devido a influência
colonizadora da filosofia grega. Essa diferença estendeu-se por toda a história
das comunidades cristãs.
Na
Reforma protestante, o método histórico gramatical surge entre os protestantes
aliado à afirmação de Sola Scriptura (Somente a Escritura). Em seu contexto o
método histórico-gramatical também era político, sociológico e crítico, isso
porque afrontava crises políticas, sociais e linguísticas de sua época, o que
pode ser lido nas interpretações de Lutero, Calvino e Zwinglio. Na história da
interpretação desde a formação da Bíblia, a crítica sempre fez parte da
interpretação". (Texto de Eduardo
Sales).
Quando o
Mestre disse: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a
vida eterna, e são elas que de mim testificam" (Jo 5:39), Ele estava
afirmando que embora a Sua pessoa não esteja literalmente exposta na Lei e nos
Profetas, O Seu Espírito Santo O revelaria gradativamente à Sua igreja.
Portanto tenho que concordar em partes, com a escola de Alexandria.
Por outro
lado Lucas elogia os bereanos (Ora, estes foram mais nobres do que os que
estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando
cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim - At 17:11) por estarem
imunes possíveis deslizes exegéticos.
Então nos
restou apenas uma saída; e quem irá nos socorrer desta vez é o apóstolo Pedro:
"Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra
principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será
confundido" (1 Pe 2:6) e o escritor de Hebreus: "HAVENDO Deus
antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho" (Hb 1:1).
Acredito que
ambos foram cristalinos em suas assertivas. Temos a resposta que precisávamos.
Toda a vontade de Deus em Sua palavra está em Seu Filho.
Quando nos
debruçamos sobre a realidade atual, as lentes exegéticas tomaram outros rumos.
Na esmagadora maioria das vezes, os grupos e os donos de religião empurram em
seus súditos "doutrinas" que são frutos de experiências pessoais
amparadas por textos descontextualizados. Esse método funciona porque ainda há
pureza na fé de muitos. Lembrando que o encanto perdura até o dia em que O Espírito
Santo os libertar e levá-los de volta ao cristocentrismo bíblico.
Fonte: Fórum Unicesumar
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